Podemos dizer que todos podem se candidatar à doação de sangue. No entanto, a realização da doação depende do preenchimento dos critérios da Legislação vigente – Portaria do Ministério da Saúde 1227 de 12 de novembro de 2013.

A atual legislação brasileira permite que se doe sangue entre 16 - dezesseis anos completos a 69 anos – sessenta e nove anos, 11 - onze meses e 29 – vinte e nove dias, porém a primeira doação deve ser feita até 60 - sessenta anos, 11 - onze meses e 29 vinte e nove dias. Os menores de 18 anos devem ter a presença do responsável legal e possuir consentimento formal por escrito também seu responsável legal a cada doação.

Sim. Todas as informações prestadas pelo doador antes, durante e após a doação são sigilosas.

O processo de doação de sangue é rápido e seguro, o tempo médio para cumprimento de todas as etapas é de 60 – sessenta minutos e segue as seguintes etapas: Cadastro do doador: dados de identificação como nome completo, endereço, telefone, número de documento oficial com foto. Pré-triagem: verificação da pressão arterial, pulso, temperatura corporal, peso e altura do doador e realização de teste para verificar se o mesmo tem o ou não níveis de hemoglobina aceitável para a doação; Triagem clínica: ocasião em que o doador responde perguntas sobre a sua saúde e hábitos de vida com o objetivo de verificar se a doação poderá trazer algum prejuízo para o doador ou para quem irá recebe o sangue. Nesta etapa é assinado um termo de consentimento livre e esclarecido, autorizando a doação e garantindo que todas as informações prestadas por ele durante a entrevista, são verdadeiras; Hidratação: doador é autorizado pelo triagista a ingestão de líquido e / ou lanche leve; Coleta de sangue: ocasião em que o doador doa cerca de 450 ml de sangue + 50 ml - para realização de exames com o tempo médio de coleta de 5 a 15 minutos; Lanche após a doação.

A legislação proíbe a comercialização do sangue, no entanto é permitido ao serviço de hemoterapia o ressarcimento dos custos envolvidos para tornar o sangue adequado à transfusão, ou seja, compra de materiais e reagentes e equipamentos para o fracionamento do sangue em seus componentes – hemácias, plaquetas, plasma, e crioprecipitado, além de testes laboratoriais, armazenamento, transporte e distribuição. Nos serviços públicos de saúde ou conveniados os custos são cobertos pelo Sistema Único de Saúde – SUS. Nos serviços particulares, deve-se solicitar o ressarcimento ao plano de saúde ou ao paciente , de forma a não lesar o Sistema Único de Saúde. esposta aqui. O sangue propriamente dito - material doado, não pode ser cobrado.

Apesar da liberação da doação ser de responsabilidade do médico e/ou enfermeira na triagem, algumas situações cientificamente comprovadas impedem a doação na intenção de garantir à segurança do candidato a doação. Segue abaixo as ocorrências mais comuns: O hipertireoidismo impede a doação e o hipotireoidismo - se não foi causado por Tireoidide de Hashimoto - doença auto-imune, está liberado para doação. Candidatos que estão tomando medicação para emagrecer - alguns casos, como medicamentos que apresentam na fórmula substâncias como as anfetaminas - Femproporex, Anfepramona e a Sibutramina que podem acarretar efeitos adversos como a irritabilidade, nervosismo e a taquicardia - aumento dos batimentos cardíacos). Por isso, recomenda-se a interrupção do uso destes medicamentos 07 dias antes da doação. O uso de medicamentos para a pressão arterial geralmente não impedem a doação, com exceção daqueles que estão tomando anti-hipertensivos de ação central como Metildopa, Clonidina, Reserpina, os beta-bloqueadores - Propranolol, Atenolol, Oxpernolol ou similares, os bloqueadores alfa-adernérgicos - Prazocin, Minoxidil e os vasodilatadores - Hidralazina, não podem doar sangue. Não impedem a doação os diuréticos - Hidroclorotiazida, Clorana, Furosemida, antagonistas da angiotensina II - Losartana, os bloqueadores de canais de Cálcio - Nifedipina e os inibidores da enzima conversora de angiotensina - Captopril, Enalapril ou similares. Os diabéticos não podem doar sangue porque tem maior probabilidade de apresentar alterações do sistema cardiovascular e levar a complicações durante a doação de sangue.

Sim, todo o material usado para a coleta de sangue é individual, descartável, apirogênico - não causa febre e estéril.

Depois da doação, o candidato é observado por 15 – quinze minutos, recebe orientações para que evite esforços físicos naquele dia, para que se alimente bem, principalmente na ingestão de líquidos. É orientado a entrar em contato com o IHENE, se nos 15 dias após a doação, apresentar sintomas como febre, ínguas, gripe ou diarreia para evitarmos que esse sangue seja transfundido.

O termo mais adequado seria “situação de risco”,onde o comportamento do indivíduo faria com que ele ficasse mais exposto ao risco de adquirir uma determinada doença ou infecção.

O álcool pode levar a desidratação e como após a doação há diminuição do sangue circulante o doador poderá sentir secura na boca, sensação de sede, fraqueza, queda da pressão, tonturas, sensação de mal estar.

Período de tempo compreendido entre a exposição ao agente infeccioso e o aparecimento de positividade em exames laboratoriais específicos para detecção do mesmo e varia conforme a doença pesquisada e o teste utilizado.

Os hemocomponentes atualmente produzidos no IHENE são conservados em soluções anti-coagulantes e preservantes que permitem a seguinte validade: concentrado de hemácias: varia entre 21 e 42 dias; concentrado de plaquetas: 5 dias e o plasma é congelado.

Homens podem doar sangue a cada 2 meses e mulheres a cada 3 meses, respeitando o número máximo de 4 doações anuais para os homens e 3 para as mulhes. Este tempo é necessário devido à reposição dos estoques de ferro, que nas mulheres é mais demorada devido às perdas durante os ciclos menstruais.

O volume a ser doado é proporcional ao peso do doador. Para homens é de 9ml/kg e para mulheres, 8 ml/kg. O anticoagulante presente na bolsa de doação liga-se ao sangue impedindo que esse coagule. O volume de anti-coagulante da bolsa (63 ml) é padronizado para um mínimo de 400 ml de sangue, logo uma pessoa com peso menor que 50kg não poderia doar o volume mínimo, pois sobraria anti-coagulante.

Não. Para doar sangue indivíduos do gênero masculino tem que ter hematócrito maior que 39% ou hemoglobina > 13g/dl) e do gênero feminino, o hematócrito maior que 38% (ou hemoglobina > 12,5g/dl) na mulher. Estes valores mínimos são necessários para que a quantidade de sangue retirada seja adequada e também para que não haja prejuízo para a saúde do doador.

O intervalo mínimo necessário é 6 meses.